Às vezes ir, outras, voltar
Ciclos, fases, estações na viagem estelar
De um facho de luz repousa o embrião
Alma e coração
Abrem as cortinas, um palco aos pés
Vil, herói, protagonistas escolhendo seus
papéis
Os textos à mão, qual interpretar?
O show da vida traz impresso no cartaz
Seu personagem, que hoje brilha, noutro
ato se desfaz
O mesmo sol, cada ser uma missão, relendo
a própria história
Onde o orgulho cega a direção, sem razão
Olhar ao chão, sofrer, pesar
Névoa da angústia, como poder caminhar?
Na culpa a aflição, sem se libertar
Erga os olhos, num sorriso ao seu redor
A culpa só encontra abrigo em quem não
entende o amor maior
Nunca será mais do que pode compreender
Não podem te cobrar do que não sabe como
oferecer
Trama a fibra, vai se revelar
Crer dos sentimentos ter toda noção
É muita imaturidade e pouca observação
Do verbo amar sempre haverá o que
aprender
Ou sonha um despertar que, como encanto,
possa acontecer
No amor, sensato é considerar
Quanto melhor o conhecermos mais teremos
para dar
Quem somos nós só se desperta ao conviver
Ou perde a vida inteira se escondendo que
é pra não sofrer
Crer mais no que sente
Do que o que escutar
Vida é amar
É só se revelar